domingo, 25 de novembro de 2012

          A Linda Folhinha de Outono
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Era uma vez uma folhinha que nasceu num dia ensolarado de primavera, era a folhinha mais verdinha e bonita de  um velho diospireiro, que vivia presa num ramo da árvore com as suas irmãzinhas. Todos os dias a folhinha brincava com as suas irmãs presas nos ramos, bailavam ao sabor da brisa do vento e gargalhavam pela vida feliz que tinham.
O tempo foi passando, a primavera terminou, o verão entrou e com o seu sol forte aquecia a folhinha que toda vaidosa por ser a mais bonita se espreguiçava ao sentir o seu calor.
Certo dia as suas irmãs repararam que a linda folhinha já não era a mais verdinha, agora estava cheia de manchas amarelas e castanhas e comentaram isso com a bonita folhinha...Sim, tinha chegado o outono. O sol e a brisa do verão tinham partido, e tinha chegado o vento frio do outono, que a pouco e pouco iria arrancar uma a uma as folhas do diospireiro.
A partir daquele dia a folhinha ficou triste e já não tinha vontade de brincar, pois sabia que um dia iria ser arrancada da árvore, atirada para o chão pelo vento e provavelmente iria ser apanhada pelo varredor das ruas e ser colocada dentro do caixote do lixo.
Os dias foram passando e a folhinha ia perdendo as forças vendo as suas irmãs sendo arrancadas da velha árvore pelo vento de outono até que um dia, o vento forte soprou, soprou, soprou... e arrancou a folhinha do ramo da árvore e atirou-a para o chão. Chorou tanto e pensou que a vida dela tinha terminado ali.
Só que, nesse preciso momento ia a passar uma menina que procurava uma folhinha para oferecer à sua avozinha que fazia anos. De repente  olhou para o chão e viu uma linda folha castanha e amarela, era a folha de outono mais bonita  que alguma vez tinha visto. A menina pegou na folhinha, limpou-a e levou-a para casa. Quando chegou deu-a à sua avozinha que ficou radiante com o presente da neta.
E a linda folhinha de outono voltou a ser feliz para sempre aconchegada dentro do livro preferido de receitas da avó da menina. 
 
 

1 comentário:

  1. O V. se pudesse levava todas as folhinhas para casa. Às vezes tenho dezenas de pedacinhos de folhas nos sacos porque "arrumo-as" e esqueço, passados uns dias sinto umas coisas esquesitas no fundo dos sacos.
    Mas à folhas que apetece guardar (e não esquecer)de tão bonitas que são!

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